Infância e formação
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, na Prússia (atual Alemanha), em 15 de outubro de 1844. Filho de um pastor luterano, cresceu em um ambiente religioso e disciplinado. Desde cedo, destacou-se pela inteligência e sensibilidade, estudando teologia, filologia clássica e música. Na juventude, perdeu o pai e o irmão, experiências que marcaram sua visão trágica da existência. Aos 24 anos, tornou-se professor na Universidade da Basileia — um prodígio acadêmico que já mostrava inquietação com os valores da época.
Desenvolvimento da carreira / ideias
Em seus primeiros escritos, como O Nascimento da Tragédia (1872), Nietzsche propôs que o espírito grego combinava duas forças: o apolíneo (razão, medida) e o dionisíaco (instinto, caos criativo). Rejeitando o moralismo e a filosofia racionalista, ele defendeu a vida como vontade de potência e criação. Obras como Assim Falou Zaratustra e Além do Bem e do Mal introduziram conceitos como o Super-homem e o Eterno Retorno, convidando a humanidade a transcender as velhas crenças e criar novos valores.
Contexto histórico e desafios
O século XIX foi marcado pelo avanço científico e pela crise das religiões tradicionais. Nietzsche diagnosticou esse momento com a frase “Deus está morto”, não como negação literal da divindade, mas como constatação do vazio espiritual da modernidade. Suas ideias foram recebidas com escândalo. Enfrentou isolamento, incompreensão e graves problemas de saúde mental, que o afastaram da universidade e o mergulharam em anos de solidão e pobreza.
Últimos anos
Em 1889, após um colapso em Turim, Nietzsche perdeu definitivamente a lucidez. Passou o restante da vida sob os cuidados da mãe e, depois, da irmã Elisabeth, que publicou seus manuscritos de forma controversa, alterando o sentido original de algumas obras. Morreu em 25 de agosto de 1900, em Weimar, deixando uma obra que só seria amplamente reconhecida décadas depois.
Legado
Nietzsche influenciou profundamente a filosofia, a literatura, a arte e a psicologia moderna. Seu pensamento inspirou existencialistas como Sartre e Heidegger, artistas como Kafka e Picasso, e psicanalistas como Freud e Jung. Hoje, sua obra é lida não como destruição, mas como convite à liberdade e à reinvenção do sentido da vida. Em suas palavras, “o que não me mata, me fortalece”.
“Deus está morto. E nós o matamos.”
Referências
Livros:
Friedrich Nietzsche — Assim Falou Zaratustra
Friedrich Nietzsche — Além do Bem e do Mal
Martin Heidegger — Nietzsche
Artigos e Leituras Online (Universidades):
USP — Revista Discurso — “Nietzsche e a genealogia da moral moderna” —
link
UNICAMP — Cadernos de Filosofia Alemã — “O pensamento trágico em Nietzsche” —
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UFRJ — Revista do Departamento de Filosofia — “O Eterno Retorno e a Vontade de Potência” —
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Wikipedia:
Friedrich Nietzsche — https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche
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